Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Essa parece ser a frase que norteia o assessor de integração parlamentar da prefeitura de Vilhena, Francisco Machado Filho. Chico Patú como é conhecido está lotado no gabinete do prefeito Eduardo Japonês com um salário de R$ 7.900,00 por mês.
Até aí tudo bem, não fosse o fato de que Francisco não mora em Vilhena e sim em Brasília e não cumpre carga horária em nenhum orgão público, ou pelo menos não se sabe da existência da extensão de um gabinete da prefeitura na capital federal.
Contratado em 01 de março e já tendo recebido até mesmo a primeira parcela do 13º salário de 2021, Chico aparenta ser um “Bon vivant” e em seu perfil pessoal no Facebook, encontramos apenas duas postagens a respeito do trabalho da gestão vilhenense desde que foi contratado.
Belas praias do litoral, pontos turísticos de Brasília e gastronomia são suas principais postagens, o que parece não condizer com o oficio de assessor de integração governamental.
Não bastasse isso, recentemente o assessor que tem uma remuneração de quase R$ 8 mil mensais pagos com o dinheiro dos contribuintes vilhenenses passou a atacar pautas defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Patú é declaradamente contra o voto impresso e em suas postagens chega a fazer chacota com o assunto. Além de postar conteúdos difamatórios contra o senador Flávio Bolsonaro (PATRIOTAS).
O caso de Francisco Machado Filho é semelhante ao que condenou a ex-prefeita Rosani Donadon por supostamente manter uma “funcionária fantasma” numa extensão da PGM em Porto Velho. A ex-prefeita teve decretada a indisponibilidade de seus bens até o valor de R$ 261.094,41e pode ficar inelegível no futuro caso esgotem-se os recursos de defesa.
A reportagem recebeu a informação de uma fonte de dentro da prefeitura, que Francisco é uma indicação do deputado federal Mauro Nazif, porém esta informação ainda não foi confirmada. O que podemos verificar é que ele e o prefeito Eduardo Japonês estiveram juntos pela primeira vez, segundo suas redes sociais, em 28 de fevereiro deste ano e já no dia seguinte Chico já estava nomeado com o salário de R$ 7900,00, o maior para servidores comissionados.
Aproveitando o gancho da reportagem, o prefeito Eduardo Japonês ainda é filiado ao partido verde (PV) e já está de malas prontas rumo ao PSC, partido que ele acaba de “tomar” a presidência estadual e por onde pretende disputar as eleições do ano que vem. Vale observar que o PV é um partido considerado de espectro centro-esquerda e o PSC de extrema direita. Uma mudança radical que não está sendo bem digerida pela cúpula da agremiação.
Confirmando-se a ida de Eduardo e seus asseclas para o PSC, ele deve levar consigo militantes históricos e declarados da esquerda como o secretário de comunicação Herbert Weil, o secretário de fazenda Jovino Lobaz que é petista declarado, o secretário de transito Roccio Aires, indicado pelo Partido do Trabalhadores em Vilhena, além dos vereadores Ronildo Macedo e Wilson Tabalipa, autor na época da denuncia da existência de uma funcionária fantasma na gestão de Rosani. Tabalipa parece não saber “ainda” do caso de Chico Patú, mas espera-se que ele adote postura parecido ao menos no sentido de investigar o fato.
A reportagem abre espaço para os citados se pronunciarem a respeito da polêmica nomeação que até então estava passando batida aos olhos dos defensores da moral e dos bons costumes no âmbito da administração pública de Vilhena.
Fonte: Portal da Transparência da prefeitura de Vilhena/ Da redação
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