No dia 20 de outubro de 2021, Henrique Prata assinou o Ofício nº 216/2021 endereçado ao então secretário Fernando Máximo, alertando que a Assembleia Legislativa havia aprovado através da Mesa Diretora um repasse de R$ 4 milhões de recursos próprios economizados pela Casa, através do Decreto 2581 de 25 de maio de 2020, mas até aquele momento o dinheiro não havia sido transferido para a conta corrente da Fundação Pio XII. No dia 20 de maio de 2020, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes, enviou matéria jornalística através do Departamento de Comunicação comemorando o repasse de R$ 4 milhões, mas o recurso nunca foi repassado, transformando a economia do Poder Legislativo em “asfalto” para atender o programa eleitoreiro “Tchau Poeira”.
Em outro ofício, o de número 032/2022, Henrique Prata lembra ao ex-secretário Fernando Máximo da dívida de R$ 19.144.050,26. Como não obteve resposta, o presidente da Fundação Pio XII enviou nova cobrança (Ofício 037/2022), alertando para o “iminente colapso” financeiro da entidade, pois a dívida já estava na casa de R$ 20.001.337,50. Para poder arcar com os atendimentos e compra de remédios, Henrique Prata recorreu ao cheque especial da entidade e já estava pagando juros de R$ 157 mil por mês pelo uso dessa ferramenta do Banco do Brasil.
Mais R$ 29 milhões são desviados
A ação sistemática do Governo Marcos Rocha contra o Hospital de Amor ficou notória com o novo desvio de recursos alocados por membros do Congresso Nacional através de emendas. O Ofício 031/2022 cobra o repasse de R$ 29 milhões que foram objeto de ação parlamentar da deputada federal Silvia Cristina (PL), o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) e o senador David Alcolumbre (AP). Segundo gestores do Hospital de Amor, mais uma vez esses recursos foram parar na conta do DER para pagamento de empresas e fornecedores do programa “Tchau Poeira”.
Demanda só cresce
Nestes dez anos de existência, o Hospital de Amor já atendeu mais de 44 mil pacientes diagnosticados com câncer. Por dia, 900 pacientes são consultados e 2 mil procedimentos são realizados. O Hospital de Amor foi construído com recursos de doações e neste período da pandemia por causa do surto da Covid-19 os leilões beneficentes, realizados no interior do Estado, foram paralisados, causando um grande déficit no caixa da instituição. A situação piorou com o aumento vertiginoso dos preços dos remédios que são de alto valor que ajudam no tratamento do câncer.
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