O município de Guajará-Mirim, localizado na fronteira do Brasil com a Bolívia, na cidade de Guayaramerin, situada na região do Beni, tem sido o destino de uma enorme quantidade de gás de cozinha, comercializado clandestinamente na região. O fenômeno provavelmente acontece devido à escassez de oportunidades no país vizinho, razão pela qual muitos bolivianos se arriscam para trazerem o gás e diversos outros produtos para serem comercializados de maneira clandestina. O perigo começa, quando essas pessoas cruzam o rio Mamoré no período noturno trazendo vários produtos, entre eles a gasolina e o gás de cozinha, que são altamente inflamáveis.
Alguns empresários brasileiros que atuam no ramo procuraram o Jornal Eletrônico Guajará Notícias e falaram das suas insatisfações, indagando o seguinte: Por que as autoridades brasileiras exigem tantos itens de segurança para instalar um Posto de Combustíveis ou distribuidora de gás, se as mesmas condições não são exigidas ou devidamente fiscalizadas na fronteira? As normas brasileiras exigem dos empresários uma série de laudos e documentos que garantam a segurança da população no comércio e manuseio de produtos como esses. Sem tais exigências cumpridas, nenhuma empresa pode funcionar em Guajará-Mirim. Já a gasolina e o gás trazidos da Bolívia são transportados e negociados de qualquer jeito, e sem nenhuma condição de segurança, como mostram as imagens enviadas ao Guajará Notícias.
Por esta razão, os empresários cobram uma resposta dos órgãos fiscalizadores, visto que a concorrência desleal acaba influenciando nos postos de combustíveis e nas revendedoras de gás do município. O comércio clandestino de produtos bolivianos causa baixa arrecadação e desemprega muitos pais de famílias, além de significarem um risco muito grande de acidentes de proporções trágicas, como já ocorreram algumas vezes na região, visto que as botijas de gás produzidas no país vizinho não cumprem as normas de segurança adequadas.
O Guajará Notícias deixa o espaço aberto, caso as autoridades de Guajará-Mirim e outras pessoas queiram se manifestar sobre este tema, que tem causado muitas discussões e prejuízos ao município.
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