OPINIÃO DE PRIMEIRA – Era bom demais pra ser verdade! Poucos meses depois do governo brasileiro confirmar que ainda este ano iniciariam as obras da ponte binacional Brasil/Bolívia, em Guajará Mirim, o Tribunal de Contas da União mandou parar tudo e começar do zero a avaliação das propostas das empresas que participaram da licitação. Houve erro que teria prejudicado um dos consórcios, alertou o TCU, na decisão anunciada nesta quarta-feira. O consórcio Mamoré foi eliminado da disputa porque não teria cumprido todas as exigências do edital. A obra então foi destinada ao Consórcio Construbase, que ofereceu um preço maior que a concorrente, estaria totalmente dentro do que pedia o edital. O Mamoré recorreu ao TCU, negando qualquer descumprimento do que pedia a licitação e o tribunal deu provimento parcial ao pedido, determinando que as análises das propostas, que participaram da concorrência, comecem do zero.
O investimento na ponte está orçado entre 120 milhões e 125 milhões de reais. A obra, aguardada há mais de 120 anos, já que foi combinada pelo Tratado de Petrópolis, quando o Brasil ofereceu à Bolívia contrapartidas, para poder anexar o Acre ao território nacional. A ponte foi projetada com 1.200 metros de extensão e a obra está prevista para ser concluída em 36 meses. Agora, já não se sabe quando a construção vai começar. Pode vir por aí uma longa batalha judicial.
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