No município de Guajará-Mirim, em Rondônia, a União Municipal das Associações de Moradores (UMAM) desempenhou um papel fundamental na promoção da cultura local e na articulação comunitária. O surgimento do Festival Folclórico de Guajará-Mirim, conhecido como o Duelo na Fronteira, é um testemunho do impacto que essa instituição teve na vida da população.
A história do festival remonta a 1995, quando a UMAM, sob a liderança do Sr. Aderço Mendes, uniu diversas associações de moradores para implementar essa festividade que celebraria a rica cultura popular da região. A responsabilidade e o empenho de Aderço Mendes foram cruciais para fortalecer a UMAM, transformando-a em uma voz respeitada entre as autoridades locais. A associação não só proporcionava apoio aos governantes na busca de soluções para os problemas enfrentados pela comunidade, mas também construía um laço de união entre os cidadãos.
O Festival Folclórico nasceu dos bois bumbás que se tornaram ícones da manifestação cultural local. O primeiro, o Boi Bumbá Flor do Campo, foi idealizado em 1981 pela professora Georgina Ramos da Costa (in memoriam), em uma sala de aula, utilizando materiais reciclados como sucata e papelão. Seguindo essa tradição, o Boi Bumbá Malhadinho surgiu em 1986, trazendo cores e fantasias que refletiam a criatividade e a identidade local. Com o passar do tempo, essas expressões folclóricas contribuíram para a criação de um evento que reverberou a cultura de Guajará-Mirim.
Foto - Redes Sociais
Infelizmente, a condição atual da sede da UMAM contrasta com seu legado. O prédio, praticamente em ruínas, é um símbolo da decadência de uma iniciativa que já foi vibrante e ativa. Equipamentos e maquinário que outrora impulsionaram projetos sociais e de geração de renda parecem estar abandonados, como evidenciado por máquinas da antiga marcenaria que permanecem esquecidas em um pátio de uma associação do município.
A reportagem do Guajará Notícias, guiada pelo diretor João Teixeira, busca ressaltar e homenagear a perseverança do Sr. Aderço Mendes, reconhecendo sua contribuição inestimável para a comunidade. Sua visão e dedicação à UMAM e ao desenvolvimento local deixaram um legado importante, que clama por revitalização e reconhecimento.
Revitalizar a UMAM é essencial não apenas para preservar uma rica herança cultural, e de desenvolvimento, mas também para reabrir caminhos de diálogo e colaboração entre cidadãos e autoridades, promovendo uma Guajará-Mirim mais unida e próspera. A história da UMAM merece ser reescrita com novos capítulos de esperança e revitalização, reafirmando o compromisso de todos em construir um futuro melhor.
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