Eu, José Avilhaneda Amutari, brasileiro, maior, extrativista, residente na localidade de Petrópolis, na Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, no município de Guajará-Mirim, Estado de Rondônia, venho a público manifestar minha preocupação com a forma com que o Corpo de Bombeiros em Guajará-Mirim vem desenvolvendo suas atividades de atendimento à população.
No último dia 30 de outubro passado, precisei do atendimento da instituição para fazer um resgate de meu irmão João Avilhaneda na comunidade Petrópolis, pois o mesmo tinha passado mal na noite anterior apresentando problemas de tontura, vômito e diarreia. Pelo fato de meu irmão ser idoso, não o levei de barco movido a motor rabeta, meio de transporte usado por nosso povo extrativista, porque tínhamos acabado de chegar da cidade, tendo demorado três dias de viagem em virtude da seca que castiga os rios da região, e dada a situação alarmante, temi que ele não resistisse aos impactos da viagem, demorada e desgastante. Então, recorri ao Corpo de Bombeiros, via comando de Guajará-Mirim, solicitei o resgate de meu irmão através de uma aeronave do tipo helicóptero, no que fui informado pelo comandante de que estavam sem piloto e a unidade encontrava-se em Porto Velho, e que a aeronave que estão usando é de uma empresa particular e não de propriedade do Estado.
Em meu ponto de vista, isto é inadmissível e, em função disso, clamo às autoridades que olhem com mais atenção para Guajará-Mirim, inclusive para as comunidades isoladas do município, especialmente em períodos críticos, como o que estamos vivendo, até porque não se pode acreditar que um Estado como o nosso, tão rico e promissor, não consiga investir em equipamentos tão importantes e que podem diretamente salvar vidas.
Guajará-Mirim, 04 de novembro de 2024.
JOSÉ AVILHANEDA AMUTARI
Brasileiro e extrativista da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, em Guajará-Mirim – RO
Fonte; José Avilhaneda Amutari, morador de Petrópolis, Resex do Rio Ouro Preto, em Guajará-Mirim, Rondônia.
Mín. 23° Máx. 35°