O Museu Municipal de Guajará-Mirim, situado em um prédio histórico que remonta à década de 1912, encontra-se em estado de ruínas. Originalmente, o local abrigou a Estação Ferroviária da famosa Estrada de Ferro Madeira Mamoré, um símbolo do ciclo da castanha e da borracha na região. Desde que as máquinas apitaram pela última vez em 10 de julho de 1972, o que se seguiu foi um longo período de abandono e descaso.
Em 1979, o acervo do museu, que incluía peças da história local e do primeiro Bispo da cidade, Dom Francisco Xavier Elias Pedro Paulo Rey. O prédio foi restaurado e transformado em museu, recebendo a doação de importantes relíquias, como a bicicleta do bispo e animais empalhados, que representavam a fauna local.
Contudo, ao longo dos anos, o museu foi sendo esquecido, tornando-se um espaço desolado em vez de um ponto turístico vibrante. A falta de atenção por parte de gestões municipais resultou em um triste cenário, em que a história da cidade se desfaz diante da indiferença.
Recentemente, em agosto, um encontro entre a prefeita interina, o secretário da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo (SEMCET), Arlison Batista, e representantes da Usina Jirau trouxe um pequeno fio de esperança. O objetivo da reunião foi discutir os detalhes da tão aguardada reforma do museu, reconhecendo sua importância não apenas como um espaço que abriga artefatos históricos, mas como um guardião da identidade e memória da comunidade.
O fortalecimento da colaboração entre a prefeitura, a SEMCET e a Jirau é essencial para garantir o sucesso desse projeto. A revitalização do museu vai além da simples recuperação do prédio; trata-se de revitalizar os laços comunitários e promover o acesso à cultura e à história da região. Essa reforma é uma oportunidade de impulsionar o turismo, atrair investimentos e gerar empregos, constituindo um verdadeiro investimento no futuro de Guajará-Mirim.
Entretanto, até o momento, apenas projetos e promessas foram apresentados. A população aguarda ansiosamente informações sobre os próximos passos e a liberação dos recursos necessários para a execução dessa obra tão sonhada. O espaço do Jornal Guajará Notícias permanece aberto para que os responsáveis pela Usina Jirau se manifestem acerca do andamento dessas discussões e suas perspectivas para o futuro do Museu de Guajará-Mirim.
A revitalização do museu é, sem dúvida, um reflexo do compromisso da sociedade com sua história e cultura. A espera continua, mas a esperança de que esse importante patrimônio volte a brilhar é uma chama que não se apaga.
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