Guajará-Mirim, 7 de março de 2025 – A população da Pérola do Mamoré foi surpreendida na manhã de quinta-feira, 6 de março, ao se deparar com uma equipe de desmontagem atuando nas antigas antenas da Embratel na imponente Serra dos Parecis. Instaladas na década de 1973, essas estruturas foram essenciais para conectar a cidade a outras regiões do país, marcando um período em que a comunicação era precária e a população se sentia isolada.
No mesmo ano, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel) decidiu montar sua base operacional na serra, trazendo avanços significativos para as comunicações em Guajará-Mirim. A instalação das antenas permitiu que os moradores se comunicassem com parentes e amigos em todo o Brasil e até no exterior. Até a desativação da base, em 1990, a Embratel contribuiu para a inclusão da cidade em um mapa de comunicação mais amplo.
Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, os equipamentos se tornaram parte da história local, sendo preservados pela comunidade. No entanto, as antigas torres passaram a ser vistas como meras relíquias de um passado, embora ainda simbolizassem a evolução das telecomunicações na região.
A decisão de desmontar as antenas provocou uma onda de indignação entre os moradores, que questionaram a falta de comunicação por parte das autoridades. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) se manifestou apenas na manhã desta sexta-feira, 7 de março, após a viralização de vídeos nas redes sociais que mostravam o desmonte em andamento. A ausência de aviso prévio gerou descontentamento, levantando interrogantes sobre a transparência das ações relacionadas a esse patrimônio histórico.
Em meio aos questionamentos, muitos se perguntam por que os veículos de comunicação não foram informados sobre o desmanche das antenas, mesmo diante de uma nota emitida por uma empresa particular. O Guajará Notícias está aberto a esclarecer a situação e receber relatos de qualquer pessoa que possa fornecer informações adicionais sobre essa controvérsia. O que fica evidente é que os cidadãos de Guajará-Mirim desejam respostas e um diálogo aberto sobre o futuro de sua história e patrimônio.
As antenas, que um dia foram símbolo de progresso e comunicação, agora se tornam palco de uma discussão sobre a preservação da memória coletiva e o respeito aos direitos dos cidadãos.
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