Desde a inauguração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), em 1º de agosto de 1912, a caixa d’água localizada ao lado da Estação Ferroviária em Guajará-Mirim representa um símbolo da história ferroviária da região. Essa infraestrutura vital era responsável por abastecer as máquinas a vapor, conhecidas popularmente como "Maria Fumaça", que utilizavam lenha e água para operar, conectando Porto Velho a Guajará-Mirim, no atual estado de Rondônia.
Com o encerramento das atividades da EFMM em 1º de julho de 1972, a caixa d’água, assim como outros bens deixados pela ferrovia, passou a enfrentar o abandono. A Estação Ferroviária, que foi um ponto crucial para o desenvolvimento econômico e social da região, também ficou esquecida, representando um lamento para os moradores e amantes da história local.
Moradores de Guajará-Mirim expressam preocupação quanto ao destino desses patrimônios, enfatizando a importância de preservá-los para as futuras gerações. Na visão de muitos, os Poderes Públicos, juntamente com o apoio de empresas locais, poderiam adotar medidas para conservar não apenas a caixa d’água, mas também outros vestígios da saudosa Maria Fumaça.
Por meio da iniciativa do Guajará Notícias, um chamado é feito para que a comunidade e as autoridades unam esforços em prol da restauração e conservação dessa significativa parte da história. Preservar esses bens é um passo crucial para manter viva a memória da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e seu impacto na formação da identidade da região.
Assim, a caixa d’água, além de um mero objeto, se torna um elo entre o passado e o presente, lembrando a todos da rica herança cultural que Guajará-Mirim possui. A preservação desses lugares historicamente significativos não apenas valoriza a história local, mas também potencializa o turismo e promove a educação sobre a importância do passado ferroviário na formação do estado de Rondônia.
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