Um vídeo que circula nas redes sociais nesta semana tem chamado a atenção da população de Guajará-Mirim e região ao expor a atual situação estrutural do Barco Hospital Walter Bártolo, símbolo da saúde fluvial no estado de Rondônia. Após ser retirado do trecho rochoso na cachoeira do Rio Mamoré, onde ficou encalhado por mais de 50 dias, a embarcação agora encontra-se em terra firme, mas visivelmente danificada.
Antes do incidente, o barco hospital era reconhecido por sua estrutura robusta e aparência bem cuidada, navegando pelas águas dos rios Mamoré e Guaporé, levando atendimento médico a comunidades ribeirinhas e indígenas em áreas de difícil acesso. No entanto, as imagens atuais mostram casco amassado, ferragens expostas e áreas internas destruídas, o que preocupa tanto autoridades quanto a população que depende diretamente dos serviços prestados pela unidade móvel de saúde.
Em contato com o Guajará Notícias, um servidor público ligado ao governo do Estado informou que a perícia técnica ainda está em andamento. “O laudo pericial é aguardado com muita expectativa. A partir dos resultados, o Estado poderá tomar as providências necessárias para recuperar o barco ou, se for o caso, substituí-lo”, declarou sob condição de anonimato.
O episódio que levou o barco a se soltar do porto onde estava ancorado e ser arrastado até as rochas nas imediações de um antigo mirante do Mamoré ainda é cercado de dúvidas. Moradores locais e lideranças comunitárias cobram apuração rigorosa para esclarecer o que aconteceu naquela noite. “É preciso saber se houve falha humana, falta de vigilância ou problemas técnicos. Um patrimônio desse valor não poderia simplesmente sair à deriva”, desabafou uma moradora ribeirinha da comunidade do Iata.
A população segue apreensiva quanto ao futuro da embarcação. Além de representar um importante equipamento de saúde, o Barco Hospital Walter Bártolo simboliza a presença do poder público nas regiões mais isoladas da Amazônia rondoniense. A expectativa é de que, com a conclusão da perícia, o governo possa garantir a rápida recuperação da unidade ou oferecer alternativas para que o atendimento fluvial não seja interrompido.
O Guajará Notícias continuará acompanhando o caso.
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