Nas duas primeiras semanas de setembro, Rondônia registrou mais de 1.500 focos de queimadas, um número três vezes maior do que os 465 focos identificados nos seis primeiros meses de 2024. Este aumento representa 18,8% do total de focos detectados até agora. Em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 1.490 focos, a situação se mostra ainda mais crítica.
Os critérios técnicos do Inpe para a detecção de queimadas exigem que um foco tenha pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura para ser identificado por satélites de órbita, enquanto os satélites geoestacionários precisam de frentes de fogo com 60 metros.
Até o momento, Rondônia contabilizou 8.137 focos de incêndio em 2024, um aumento alarmante de 106% em relação aos 3.941 focos registrados no mesmo período do ano passado, destacando-se como o pior resultado em cinco anos. A última vez que os números foram tão altos foi em 2019, com 9.171 focos.
O mês de agosto foi particularmente devastador, com incêndios correspondendo a 55% de todos os registros de 2024 até 15 de setembro. Em meio a esse cenário, a seca se intensifica, com o Rio Madeira atingindo um nível crítico de 41 centímetros, o mais baixo desde o início do monitoramento em 1967.
Rondônia ocupa atualmente o oitavo lugar entre os estados brasileiros com mais focos de queimadas, e a situação atual reflete a necessidade urgente de políticas de prevenção e conscientização para mitigar os impactos ambientais e de saúde pública.
Atuação da Imprensa
A atuação do jornal Guajará Notícias é fundamental na divulgação dos dados sobre queimadas em Rondônia, pois contribui para a conscientização da população sobre a gravidade da situação. Ao trazer informações precisas e atualizadas, o veículo promove um debate essencial sobre os impactos ambientais e sociais das queimadas. Além disso, ao pressionar as autoridades para ações efetivas, o jornal desempenha um papel crucial na defesa dos direitos da comunidade e na promoção de políticas públicas voltadas para a preservação ambiental e a saúde pública.
(Reportagem: João Teixeira / Guajará Notícias)
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